terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Na sacada da sua casa


Contorno e ponho molde

Cada frase com louvor

Não há de ter erro nem volta

Não pode haver rasuras nas notas

Então...

Tiro o pavor da fala que fica morna

Pra quem ouve parece morta

Palavras de amor em tons vivazes

Tira o romance suspende o alcance...

Grito calada na sacada da sua casa

A sombra na cortina

Os cabelos da menina

Sigo com olhos parados teus passos

E você...

Se faz ausente

Um pavor instantâneo e urgente

Cerca meu rosto

Desvia meu olho...


Saio ainda calada esperando teu sim

Repelindo teu não

Levando ainda calada as frases Ensaiadas

E tua sombra que gravei

Na sacada da sua casa...


Michele...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

( ... )


O mar revolto de um falar
Debochado, mal encarado
Pode desaguar rios de rancor
E trazer a frio um temor
De não voltar de um devaneio
De uma noite de palavras mordazes
Olhares e gestos fugazes.


Mas em meio a euforia de amar
O sortilégio de um olhar
Faz calar a seco os lábios
Trancar toda mágoa nos braços
Arranca sussurros da moça
Destranca gemidos da boca.


( Michele...)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fragmento!


Invento amores num papel, cores e vontades

Formas e paisagens

Transcorro na noite versos de violão, cerco todas as paixões

Em cercas e muros de verdade.

Eu minto minha realidade pra fingir que

acredito que sempre existe possibilidades.

Equilibro em tornados minha sanidade

Quebro prazos e retratos em segundos de euforia

Sempre com tons de melancolia relembro rostos por saudade

Faço de uma briga um martírio, de um sorriso qualquer abrigo.


(Michele)


terça-feira, 23 de setembro de 2008

A menina!



Gritos e berros aliviam

Teus beijos aliciam uma jovem abandonada

É no escuro são seus olhos que eu vejo sob os meus

Com você eu sei bem mais do que é a dor de um destino.

Choros e sussurros amaciam.

E a perdição dos meus dias

é perder nas tuas guias a lucidez que eu sentia.

A sensatez que me varia é dominava os meus dias

Fazendo-me de armadura para a guerra de amar

Eu perdi para a menina do indomável no olhar

A paz e calmaria que habitava meu falar

Eu perdi para a menina intocável

Que eu guardava feito altar.

Fez dos meus planos, um engano

Da minha vida oceano

Fez de mim algoz de si em segundos incontáveis

Em momentos indomáveis.



Michele...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Meu dom : Paixão ?


É permanente, o pacto de duas mentes,
amparo na escuridão
meu surto de uma paixão
é sempre vão , um distúrbio sem direção
é imponente, quando agente sente
o ar presente da paixão
viver com amor
é agüentar com louvor, o fracasso da perda.


Certamente é um alvo certo um coração ao leu
sem o porto
sem cais.
Amor sem dono
é poema sem destino
é canção com desatino
é ser humano distorcido
distorcendo a solidão...

É persistente meu dom
de amar qualquer alguém

conflitante não saber o que me trás mal
o que me
leva ao caos.
e flutuante como o som do vento,
eu parto daqui
pra chega a algum cais,
pra rever aquele alguém
que com tanto
dom e harmonia
levou de mim aquela paz antiga.
que eu cultivava a cada dia sem saber que um belo
dia iria perder pra uma simples PAIXÃO.

Michele...

sábado, 13 de setembro de 2008

Soneto sem perdão!


Não preciso de promessas nem suas farpas tão discretas
Não preciso de palavras de ilusões mal inventadas
Nem clichês de amores livres nem amores impossíveis
Não preciso de parágrafos nem espaços pra chorar

Sem suspeitas e lições sem amargas contradições
Não preciso que me ensine, nem entenda meu penar
Ignoro suas guias, criticas em beira mar
Não sou sua vitima, e se eu peco é no falar

Onde eu peco e no voltar é no avesso do continuar
Não peço que entenda nem tão pouco me defenda
Só digo pra não pensar que conhece minha alma

Só digo pra não pensa que controla minha calma
Se eu lhe conto a verdade e pra sentir mais emoção
Eu não nego que eu erro, mas quando peco é sem perdão.


Michele...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Seu poema de amor²


O flutuar dos seus passos é lento, cândido,

suave, tão simples, tão minuciosamente simples

mas parece um balé seus passos!

Suas palavras saem cantadas, é um tom de voz inebriante

E um sussurrar penetrante, tu tens o dom da hipnose

O teu jeito de fatalidade, o teu sorriso malicioso, fugaz

Ah! Ainda assim és meu anjo eterno, minha paz soberana

O seu perfume e tão casual, tão fino é forte...

Me entorpece quanto você passa com seu passo de balé

Com seu olhar fatal,sua pureza indomável, intocável...

Se tu passas eu paro é êxtase

Se me beija eu paro o sublime acontece

Se ta longe eu paro eu morro

Se chegas tarde eu paro, eu corro, te abraço

Se eu te amo, te faço poemas e canções

é entrego essa vida em suas mãos.

Michele...